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Visão de literatura de respectivos autores

A literatura, durante os anos, foi muito discutida e diversas opiniões foram impostas por escritores e autores diferentes, formando-se assim o conceito de literatura como uma coisa variada.
Para o estruturalista Roland Barthes, a literatura desempenha um papel crucial na desconstrução dos discursos dominantes e da busca por novos significados. Além disso, vê a literatura como um espaço de liberdade e experimentação, onde as normas podem ser questionadas e reconfiguradas. Seguindo a perspectiva de Barthes, ela pode ser definida a partir de três forças primordiais: mimesis, mathesis e semiosis. Definida como linguagem não submetida, não se limita somente a transmitir informações, mas também sensações e emoções a quem lê. Para Barthes, a literatura dramatiza, rompe e encena a linguagem, além de tentar representar o real (aquilo que é impossível de ser representado), incessantemente. Em suma, para ele, a língua te obriga a dizer e a literatura é trapaça, ou seja, impede que a mensagem chegue ao seu receptor. Além disso, no ponto de vista do escritor francês, não se escapa do poder e ele somente pode ser abatido através da língua. Enquanto Barthes analisava a literatura como um sistema, a ativista Audre Lorde entendia como literatura tudo aquilo que poderia ser utilizado para mudanças sociais e atividades que dariam voz às minorias, além de acreditar que a literatura era uma ferramenta de expressão de identidade. Ademais, acreditava que a poesia não seria luxo e sim necessidade, e que a literatura ajudaria algumas pessoas a entenderem a si próprias e promoverem a representatividade, através do empoderamento. Ainda nesse mesmo segmento, Leda Maria Martins vê a literatura como uma forma de arte e como ferramenta a ser utilizada para dar voz aos grupos marginalizados e acredita que a literatura pode ser uma fonte de sabedoria, beleza e reflexo capaz de transformar a vida de quem a lê.
Ainda em questões culturais, a crítica literária Josefina Ludmer impunha que a literatura não deveria ser entendida como uma produção estética isolada, mas também como uma prática que estaria ligada às condições sociais, políticas e históricas de seu contexto. Também via a literatura como um desempenho crucial na construção da identidade e na expressão das vozes marginalizadas da sociedade. A escritora propunha o conceito de “literatura dos desvios” para descrever os desafios das normas estabelecidas, se desviando das convenções dominantes.
Com base nas informações então expostas, conclui-se que, dos escritores e pensadores citados, o estruturalista francês era o único a ver a literatura de uma forma contrária, se comparado com as mulheres supracitadas. Para ele, a literatura se encontra em forma de questionamento, diferindo-se de Ludmer, Lorde e Leda, que a encontrava em forma de poesia.
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